Dentre as infinitas culturas que em sua mitologia tinham o cavalo desempenhando algum tipo de papel simbólico, todas elas apresentam um elemento em comum. Talvez um elemento central da representação imagética deste animal. Este elemento não é puramente simbólico, tão pouco vinculado estritamente aos aspectos da espiritualidade. Ele transcende a cisão escolástica e vai além de simplesmente simbolismo, física, psicologia ou espiritualidade.

Mas que elemento é este? Muitos que ainda estão lendo já sabem do que se trata. Porém todos nós somos capazes de intuí-lo se fecharmos os olhos e imaginarmos um cavalo ou, melhor ainda, uma manada de cavalos.
Vejamos na mitologia!

Para algumas etnias indígenas norte americanas como os Apaches e os Sioux o cavalo representa o condutor, ou guia que sabe o caminho entre o mundo terreno e o mundo espiritual. A Deusa Epona sempre foi representada montada ou cercada de cavalos na cultura Celta, carregava o simbolismo da fertilidade, mas especialmente a de protetora das viagens e das mensagens. Por fim, falando dos Chineses que tem o cavalo em seu zodíaco, o cavalo representa, especialmente pela figura budista Marishi-Ten, a sabedoria, a velocidade, a resistência e perseverança.

Caminho, guia, viagens, mensagens, velocidade, resistência, perseverança… todas essas atribuições ao arquétipo do cavalo podem ser aglutinadas em uma única categoria: MOVIMENTO.

Mergulhando ainda mais no universo simbólico, cabe algumas reflexões. Como você tem cuidado do seu cavalo interior? Como tem se relacionado com seu caminhos e viagens? Quem são seus guias? Quais mensagens tem absorvido e perpetuado? Com que velocidade você faz as coisas? No que sente que persevera? Como você observa o MOVIMENTO na sua vida e na relação com os cavalos?